terça-feira, 24 de abril de 2018

Marcas arqueológicas em Cabaceiras - PB: um vasto patrimônio não muito conhecido

     Os historiadores franceses da primeira metade do século XX sintetizaram a ideia de história como o estudo do homem no tempo, isso significa dizer que a história refere-se não só a uma análise de documentos escritos mas para além disso, de todo um processo em que o ser humano foi um agente, por exemplo, no Brasil de acordo com alguns estudiosos datam vestígios da presença humana de por volta de 48000 a.C, já outros estudos indicam que na verdade seriam de 15000 anos, esses povos não dominavam uma escrita de fato, mas deixaram marcas, como pinturas e gravuras.
Lajedo do Pai Mateus em Cabaceiras-PB


       A região Nordeste apresenta um rico patrimônio em sítios arqueológicos, no qual o município de Cabaceiras se enquadra, poucos sabem, mas de acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 2009 (IPHAN) em Cabaceiras haviam 17 sítios arqueológicos registrados, isso significa dizer que em quantidade é o município que apresenta maior número.
     O sítio arqueológico mais conhecido de nosso município é o  Pai Mateus que se constitui quanto um sítio de pinturas e gravuras rupestres presente no topo de serra granítica, com grande quantidade de matacões (grandes pedras soltas), caracterizado por sua magnífica beleza natural que atrai turistas do mundo todo, próximo a ele há o Abrigo Funerário de Pai Mateus que se configura como um abrigo sob rocha e, provavelmente, seria um sítio funerário.
     Além do Pai Mateus temos os sítios arqueológicos: Caiçara I e II, Furna do Caboclo I, II e III; Lagoa Dos Mudos I e II, Lajedo Grande I, II e III; Casa de Pedra do Roçado, Manoel de Sousa, Pedras dos Cataventos, Sítio das Mãozinhas e Tanque entre Serras; todos estes são pouco conhecidos e explorados tanto por turistas quanto pela população local, mas mesmo assim não deixam de ter sua importância no que se refere à comprovação do quão antiga é a presença humana em nosso território.
     Uma questão a se refletir é de que forma podemos tornar estes espaços conhecidos, principalmente, pelos cabaceirenses, mesmo a arqueologia sendo um campo não muito valorizado no Brasil, podemos incentivar na esfera municipal pequenas ações nos âmbitos da educação, cultura e turismo que visem o reconhecimento de nossos sítios arqueológicos quanto patrimônio cultural e até mesmo natural. 

REFERÊNCIAS:
PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO: PARAÍBA. João Pessoa; IPHAN. 2009.

Nenhum comentário:

Postar um comentário